terça-feira, 20 de maio de 2014

Concurso internacional [RIO DE JANEIRO] Symbolic World Cup Structure - July 2013



Painel










A praça, no Bairro da Lapa, Rio de Janeiro, insere-se na convergência com uma área residencial, um pouco desconexa e disfuncional,embora não utilizando todo o seu potencial para servir de ponto de afluência, criando dinâmicas socias e humanas necessárias.

O espaço é circundado por vias de circulação automóvel e pontualmente pedonal. Um pouco fruto das sucessivas transformações ao longo do tempo, a praça foi perdendo o seu cariz dinâmico e centralizador, pretendendo-se recuperar com toda a importância que a “PRAÇA” tem na vida da urbe. 

Propõe-se a consolidação dos espaços verdes existentes, assim como a sua continuidade, apontando a criação de espaços de circulação, sombreamento e de fruição do próprio parque/praçatornando-o das e para as pessoas.Com a inserção do equipamento proposto oferece-se a possibilidade de usufruir do parque em dias de jogos com transmissão em direto do Mundial, no próprio parque, como também ao longo de qualquer horário ou atividades.

Conceito

Partindo do reconhecimento das vias de circulação de acesso à praça dos arcos da Lapa, assim como as dinâmicas de circulação que a definem, foi procurado manter a identidade do espaço e sua herança, embora criando novas dinâmicas, partido das existentes. A incontestável importância da presença da monumental arcada marca definitivamente o desenvolvimento de toda a proposta e sua organização funcional, pretendendo valorizar o património existente.

O desenho da praça assenta na imensa arcada mas também convexa num espaço marcado no piso de forma circular o que originará o desenvolvimento de todo o projeto – arcada/circulações/organização.

 Apresenta-se como principal objetivo a valorização do espaço procurou-se uma perfeita integração das pessoas no lugar e nesta relação de proximidade perfeitamente orgânica.

Denotou-se o prolongamento das vias de circulação, atravessando toda a área de intervenção, sendo estas as linhas orientadoras e ponto de partida para o projeto apresentado.

Como uma pedra que é esculpida pela água o projeto foi sendo esculpido organicamente pelos elementos existentes numa simbiose que define toda a forma.


Proposta


A permeabilidade visual do projeto apresentado centra-se na vontade de criar uma forte ligação entre todos os elementos, caraterizando o edifício como orgânico e dinâmico. Apresenta-se cinco volumes cilíndricos unidos entre si apenas por uma “capa” ou cobertura que se desenvolve livremente pelo correr do espaço. A transparência conseguida através da mutação dos volumes oferece uma possibilidade de comunicação visual que pode atravessar todo o parque e o próprio edifício, sempre com a monumental arcada como pano de fundo. 

A localização dos cinco módulos estrategicamente implantados possibilita a perfeita circulação de ar, uma vez que apresenta aberturas que possibilitam a fluidez do ar a todos os quadrantes possíveis.

Programa

O programa estabelecido cumpre as deliberações fixadas no regulamento do concurso. Assim o edifício apresenta ao longo de cinco volumes circulares as áreas necessárias a cumprir, como o bar/café, instalações sanitárias, informações, administração, armazém, loja/souvenir. Sendo que a loja e as informações encontram-se mais próximo da área de maior circulação de pessoas, o bar numa zona central com vista privilegiada para a arcada e a administração e instalações sanitárias na zona mais próxima das áreas verdes.

Estrutura

O edifício sustenta-se sobre cinco módulos de apoio, através de uma estrutura metálica revestida na totalidade com madeira. Toda a composição torna-se assim de rápida construção e desmantelamento, conseguida com elementos pré-fabricados.


Ecologia

Para além de materiais que respeitam o meio ambiente perfeitamente reciclável o edifício oferece a possibilidade de aproveitar todos os recursos disponíveis ao seu alcance. Assim possui na sua cobertura um sistema de captação das águas pluviais, posterior armazenamento e utilização no funcionamento dos equipamentos.
O carácter permeável do edifício permite, através da livre circulação de ar no interior do edifício, um maior controlo da temperatura num clima cálido e húmido.


Arq. André Terleira
Arq. Artur Dionisio
Arq. Hélder Rodrigues

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